terça-feira, 19 de maio de 2009

Central do Brasil



Quem não conhece ou nunca ouviu falar da Estrada de Ferro Central do Brasil, uma das principais ferrovias desse país. E a Estação Dom Pedro II, atualmente Estação Central do Brasil, que serviu até de palco para o filme “Central do Brasil”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Montenegro?

Pois é, o prédio da Estação Central do Brasil, em estilo Art decò, inaugurado em 1943, é tão conhecido como o Corcovado, mas com uma diferença: Pela Central, como é popularmente conhecida, passam diariamente milhares de pessoas, entre trabalhadores e estudantes, que usam o transporte ferroviário para chegar ao centro da cidade e vice-versa, além de turistas de todo o mundo.

Desde 1998 a Central do Brasil é operada pela Supervia, que, por sinal, demonstra não estar nem aí para o que representa esta construção na história dos cariocas e brasileiros. Já não bastasse as instalações de acesso ao Metrô, que interferem diretamente na fachada lateral, voltada para a Av. Presidente Vargas, vários quiosques estão sendo contruídos no entorno da estação, de forma totalmente indiscrimidada, sem qualquer compromisso arquitetônico com o prédio original. No lado oposto, no entorno da fachada que fica para a Rua Senador Pompeu, foi erguida uma construção enorme, que abriga uma loja de roupas infantis e, ao lado, um quiosque de sorvetes do Mc Donalds.

No interior da estação a baderna é institucionalizada. Teminais de caixas eletrônicos, pastelarias, quiosques, publicidade das lojas, enfim... No grande hall de acesso às plataformas de embarque, enormes painéis publicitários impedem a visualização de paineis fotográficos históricos e detalhes da arquitetura do prédio. Não há qualquer respeito com o patrimônio histórico. A Central do Brasil está sendo totalmente descaracterizada, em demonstração explícita que, para a Supervia, só interessa o resultado financeiro.

É impossível acreditar que os órgãos responsáveis pela manutenção do patrimônio, seja na esfera federal, estadual ou municipal, não tenha conhecimento do crime que está sendo praticado contra este monumento. Nesta terça-feira (19), por volta das 16 horas, o governador Sérgio Cabral esteve presente ao ato de entrega de um ônibus à Defensoria Pública, na Estação Central do Brasil. É impossível que o governador não tenha visto o que todos veem e que está sendo relatando aqui.

É necessário que se faça algo com urgência, para impedir que a ganância de uma empresa se sobreponha aos interesses históricos da população da Cidade do Rio de Janeiro e do Brasil.



Monopólio

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Na manhã desta terça-feira (19), foi anunciada a fusão das empresas Sadia e Perdigão, gigantes brasileiras no setor de alimentos, resultando na Brasil Foods.
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A verdade é que não se trata de fusão. O correto seria dizer que a Perdigão comprou a Sadia.
Mas eu não vou me alongar no assunto. Só quero lembrar que é mais um grande monopólio da indústria nacional, o que acaba sendo danoso para o país. Este monopólio, a exemplo de outros, acabará caindo na mão de proprietários estrangeiros.

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Entre outros monopólios, lembro a holandesa/inglesa Unilever (no ramo de alimentos e materiais de limpeza), que detém a maioria das marcas comercializadas pelos supermercados brasileiros; a White Martins, que monopoliza a fabricação e comercialização de gases industriais e medicinais no país; e o frigorífico FBS Friboi.

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Neo-nazistas

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A Polícia gaúcha desbaratou uma quadrilha de neo-nazistas formada no Rio Grande do Sul, composta por cerca de 50 integrantes. O grupo estava se preparando para ataques em vários estados brasileiros. Entre os alvos principais desses criminosos, estavam judeus, negros e homossexuais.
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Parabéns à Polícia gaúcha!

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Que se manifeste a "Opinião Pública"

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Dia desses, o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), relator no caso de Edmar Moreira (sem partido - MG), o deputado do castelo, afirmou se lixar para a opinião pública. Morais diz não ter provas para condenar Moreira.
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Há quem esteja aplaudindo Sérgio Moraes, sob a alegação de que, pelo menos, o deputado está sendo sincero. Vá ser sincero desse jeito lá com a turma dele. Isso é muito abuso e pouco caso com os votos que recebeu de seus eleitores.
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Não seria hora da opinião pública se manifestar e acabar de vez com a farra que parlamentares fazem no Congresso Nacional?
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E, já que Moraes está se lixando para a opinião pública, então, que o público eleitor dê a resposta, dizendo que também está se lixando com ele, pedindo sua expulsão da Câmara.
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É impossível continuar convivendo com esse modelo de política praticada no Brasil.
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Que se manifeste a "Opinião Pública"!

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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Vernissage

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Nesta quarta-feira, às 19 horas, na Galeria LGC - Rua do Rosário, 38, no Centro do Rio - acontece o vernissage do fotógrafo Pedro Stephan. Na mostra, que estará aberta à visitação até 27 de junho, Stephan apresenta um ensaio composto por 140 imagens, captadas ao longo de 3 anos de trabalho na Lapa, bairro que no início do século passado abrigava os grandes cabarés da capital federal. A apresentação das imagens se dá através de slides, seguindo o conceito de “quase cinema” - de Hélio Oiticica - quando uma seqüência de fotos cria uma narrativa.
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Pedro Stephan, além de fotógrafo, é jornalista conhecido por sua atuação intensa na imprensa especializada gay brasileira e mundial. Seus ensaios já foram publicados nas mais importantes revistas internacionais, como a francesa “Tetu Magazine”, editada pelo estilista Yves Saint Laurent; nas alemãs “AK Magazine”, “Siegessaeule” e “Du und Ich”; e nas norte-americanas “Circuit Noize” e “La Vida”, entre outras.
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O artista, que tem contribuido para importantes trabalhos institucionais, como os cartazes da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo/2004 e a Campanha de Prevenção à AIDS organizada pelo Grupo Arco-Íris, patrocinada pelo Ministério da Saúde e Unesco, é mestre em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ e faz doutorado em Literatura Comparada Indústria Cultural e outras Artes na UFF. Atualmente está se dedicando a um trabalho artístico de documentarismo, fotografando os diversos aspectos da cultura homossexual brasileira, além do processo de emancipação homossexual, que talvez seja a grande conquista civil e democrática desta década.
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A mostra estará aberta à visitação de terça a sexta, das 11 às 19 horas - sábado, das 12 às 17 horas, até o dia 27 de junho de 2009.
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