Milicos continuam na Providência

o
Apesar de estar provado e comprovado que as tropas do Exército não têm preparo para o policiamento urbano, o presidente do Supremo Tribunal Federal decide manter os milicos no Morro da Providência.

O que o povo não consegue entender, é que alguém está tentando justificar alguma função para esse exército que ai está, mesmo que isso custe a vida de pessoas inocentes. A retórica prevalece: “o povo tem memória curta”, não lembra quantas pessoas desapareceram e quantas vidas esse mesmo exército ceifou durante a ditadura militar. E sempre com a mesma prática: levar a um canto para "dar uma dura" e, depois, dar o sumiço.

O Brasil não precisa desse exército para manter sua soberania. Não há nada que justifique a sua existência. Os recursos consumidos por essa instituição poderiam ser muito bem aproveitados em educação, saúde e aparelhamento da Polícia Federal para o patrulhamento das fronteiras.
o

Providência

O
Ontem o ministro da Defesa foi ao Morro da Providência, mostrou-se indignado com a ação dos militares assassinos, pediu perdão, tomou cafezinho, fez promessas.
O povo, humilde, sofrido, se emociona, acolhe, acredita.
Mas é sempre a mesma coisa.
Nada muda.
O povo humilde continua sempre tomando porrada.
Historinhas, bla bla bla, arrependimentos...
Perdão, erramos... A justiça será feita...
E as vidas que foram ceifadas?
Até quando teremos que aceitar justificativas?
Só justificativas.
Você já se deu conta de quantas pessoas morrem diariamente, vítimas de um sistema que reprime e mata sem oferecer oportunidades dignas de sobrevivência aos menos favorecidos pela sorte?
O

o

Artista brasileiro premiado na Broadway

O
Há menos de um mês, a atriz brasileira Sandra Coverloni conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por sua atuação no filme “Linha de Passe”, de Walter Salles e Daniela Thomas. Ontem foi a vez do cantor brasileiro Paulo Szot, que conquistou o prêmio “Tony Awards”, o mais importante do teatro americano. Szot venceu na categoria “Melhor performance de ator principal em musical”, estrelando o espetáculo “South Pacific, na Broadway. O prêmio Tony é considerado o “Oscar” do teatro americano.

*****

O

Susto

o

Ontem (domingo - 15), por volta das 15 horas, ao passar pelo Pantheon de Caxias, localizado na Avenida Presidente Vargas, em frente à sede do Comando Militar do Leste, no Centro do Rio de Janeiro, fui surpreendido por um incidente que provocou pânico a todos que, como eu, passavam no local. Tiros, corre-corre, gritaria. Até os soldados que montam guarda no monumento a Caxias abandonaram seus postos, buscando abrigo na corporação.

Num primeiro momento, senti medo. Contudo, resolvi me abrigar sob o Pantheon de Caxias e aguardar. Em poucos minutos uma multidão se formara em frente ao prédio militar. Nisso, vários colegas da imprensa também já estavam presentes, o que me fez perder o medo e chegar mais perto. Então, fiquei sabendo que a multidão, constituída em sua maioria por mulheres e adolescentes, moradores do Morro da Providência, protestava pelo assassinato de três jovens da comunidade ocorrido no último sábado (14).

Mais grave do que o assassinato é a condição em que o mesmo ocorreu. Onze militares do exército, entre eles um oficial, três sargentos e sete soldados são acusados de terem entregado os três jovens a traficantes do Morro da Mineira, controlado por uma facção rival do tráfico de drogas. De acordo com as notícias divulgadas sobre o assunto nos principais jornais cariocas de hoje (segunda - 16), alguns dos militares acusados já confessaram o crime, o delegado da 4ª Delegacia de Polícia pediu e a juíza de plantão do Tribunal de Justiça decretou a prisão preventiva de todos os envolvidos.

Para quem acompanha de perto os problemas que envolvem as populações urbanas mais pobres, este acontecimento nada mais é do que o desdobramento natural de uma grande crise ética da nossa Sociedade. O Estado brasileiro controla tudo, mas não tem controle sobre nada. O país é dirigido por políticos sem compromisso algum com a população, principalmente a mais necessitada.

O país vive de maquiagens politiqueiras. Programas de auxílio aos pobres, favelas-bairro, cestas-básicas, enfim... esmolas! Tudo com um fim específico: o voto!

O mais triste de tudo isso é que o povo aplaude de pé a criminalização da pobreza.
o
o
o

Wi-Fi na Oi Futuro

O

O Centro Cultural Oi Futuro, no Rio de Janeiro, além da variada programação cultural, também oferece aos seus usuários, acesso grátis à rede wireless. É muito comum ver pessoas utilizando seus laptops no local. Na recepção, funcionários informam que a rede wi-fi pode ser utilizada gratuitamente em qualquer local da Casa. Porém, cuidado! No oitavo andar, onde funciona um bar, você pode ser surpreendido com a cobrança de uma consumação mínima de R$ 10, se estiver utilizando seu próprio notebook, mesmo que seja no local destinado para este fim.

O

Violência a jornalistas no Rio

O

Lamentável este fato que envolve jornalistas do Rio de Janeiro como vítimas da violência. Por enquanto, só se fala na violência praticada pelos torturadores e da falta de segurança proporcionada pelo Estado. Mas a coisa é muito mais séria do que isso e do que se imagina e precisa avaliada com maior profundidade. Estes jornalistas são vítimas de dupla violência, a violência praticada pelos seus torturadores e a violência praticada pelos empresários, seus patrões, que na busca de aumentar seus patrimônios estimulam seus empregados a produzir notícia a qualquer custo, mesmo que o preço seja a própria vida desses profissionais, a exemplo do que também ocorreu há seis anos com o companheiro Tim Lopes. Quem trabalha ou trabalhou na "grande" imprensa nacional sabe como a coisa funciona.

O

Festival de Cannes

O

No dia 25 de maio a atriz brasileira Sandra Coverloni conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por sua atuação no filme “Linha de Passe”, de Walter Salles e Daniela Thomas. É mais uma conquista brasileira em Cannes. Não vi quase nada na mídia sobre o assunto. Entretanto, escândalos de políticos, tragédias e outras sensações, isso não falta. Não digo que pauta sobre violência não interesse. Interessa sim, mas com um pouco mais de moderação, pois, sob a forma que é explorada, só demonstra ganância. Assuntos relacionados a cinema, teatro, cultura, parece que não interessa aos editores. Para a preservação do sistema, é uma beleza. O povo, quanto mais ignorante, melhor.

O